segunda-feira, 27 de maio de 2019

Através do Tempo a uma Longa Estrada



E quando você acaba com seu coração na mão depois de tantas aventuras. Acaba como uma criança sozinha por conta própria.
Reclusa.

Arrependido pelas coisas que você não é.
E todas as coisas que você não teve.
Sem um lar para chamar de seu.
Um coração que se tornou de pedra.
E você sangra.

E para todas as estradas que você andou sozinho.
E para tudo que você não encontrou.
E para todas as coisas que você teve que deixar pra trás.

Eu sou seu caminho.
Eu sou sua luz.
Eu sou as trevas dentro da noite.
Eu ouço suas esperanças.
Eu sinto cada sonho seu.
E na escuridão se você grita, eu o ouço.
Não vá embora.

Apenas pegue minha mão.
E quando você decidir, Eu estarei lá para você.
Eu nunca irei embora.
E tudo que Eu lhe peço é que acredite.

Seus olhos eram tão intensos.
Seus sonhos, sua inocência vendidas por pedaços de desilusões.

As asas crescidas que você precisava, mas descobriu que elas não eram suficientes para te colocar onde você queria naquele momento chegar.
Pagar por pecados repetidos. 

E para todos os anos que você emprestou.
E para todas as lágrimas que você chorou.
E para todos os medos que você teve que guardar dentro de você.

Eu sou seu caminho.
Eu sou sua luz.
Eu sou as trevas dentro da noite.
Eu ouço suas esperanças.
Eu sinto cada sonho seu.
E na escuridão se você grita, eu o ouço.
Não vá embora.

Desperdicei meu tempo, até que o tempo me esgotou.
Nunca quis partir, sempre quis ficar, porque as pessoas que eu sou, são papéis que eu represento.
Então, tramo e planejo, espero e esquematizo para a isca da noite.
Cheio de sonhos inacabados.
Estou me segurando firme a um mundo que perdeu o rumo enquanto eles me cobram pelos anos que não posso mais pagar.


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